Ilustrador usa Mangá de Pokémon pra Posicionamento Político e pede desculpas Depois
Yamamoto Satoshi é o ilustrador do mangá Pocket Monsters Special, que está em publicação desde 1997 (Satoshi se tornou o ilustrador do mangá a partir do volume 10, antes quem fazia a arte era Mato).
O Japão tá passando por uma treta política atualmente, e Yamamoto Satoshi foi uma das várias pessoas que apoiou a hashtag #検察庁法改正案に抗議します. Em um tweet já deletado, ele publicou uma página do capítulo 403 do mangá de Pokémon com a hashtag:
Abaixo tem a página em português (por um scan) para vocês entenderem o que eles falam:
O que tá rolando é o seguinte,, existe uma proposta para alteração de uma lei do Ministério Público que vai aumentar a idade de aposentadoria dos promotores para 65 anos, com possibilidade de extensão.
Daí vários artistas e celebridades levantaram essa hashtag como protesto contra isso. A treta toda disso é porque o pessoal teme que isso seja uma manobra do primeiro ministro Shinzo Abe de manter pessoas favoritas em cargos chaves por mais tempo, principalmente agora que tá rolando a pandemia.
Pelo que eu pude pesquisar, a idade de aposentadoria atual é de 63 anos, então querem estender para 65.
Pois bem, daí o Yamamoto Satoshi foi uma das milhões de pessoas que participou do protesto no twitter. Acho que não teria nenhum problema ele se posicionar, mas o que deixou a galera puta foi que ele usou o mangá de Pokémon para isso.
As pessoas não curtiram dele usar a imagem de seu trabalho para isso. Posteriormente ele deletou o tweet e pediu desculpas:
自分の言葉を使わず作品のコマやセリフを隠れ蓑にして主義主張し、読者の作品やキャラクターに対する思いを汚し傷つけてしまったこと、ご指摘を受けるまで放置し繰り返していたこと、大変申し訳ありませんでした。取り返しのつかないことと思いますが、当該画像ツィートを削除します。
— 山本サトシ (@satoshi_swalot) May 9, 2020
”Eu lamento muito por ter usado imagens do meu trabalho como apoio a meus princípios sem usar minhas próprias palavras, e ter manchado e ferido os sentimentos dos meus leitores sob meu trabalho e personagens, até que vocês me alertaram. Eu deletei o tweet e a imagem em questão, porém acho que é irrecuperável”.
O que vocês acham desse caso?