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Artista de Koakuma Kyoushi Saiko processa sua Editora em 3 Ienes

Artista de Koakuma Kyoushi Saiko processa sua Editora

A mangaka Aida Keito está processando a editora Bunkasha, que é a editora ao qual ela está trabalhando, e o motivo do processo é bem curioso, pois não é o primeiro caso do tipo na indústria de mangá.

Porém antes de mais nada vamos entender o caso. A Bunkasha está publicando um mangá chamado Koakuma Kyoushi Saiko, que é o mangá em que Aida Keito é a artista, esse mangá é uma adaptação de uma novel escrita por Mitsuishi Megane, que é o autor ou autora original.

Artista de Koakuma Kyoushi Saiko processa sua Editora em 3 Ienes

A história é sobre uma professora que sofre bullying de seus alunos em sua turma, um dia ela acaba hospitalizada por conta de algo que os alunos fizeram, então uma professora substituta é contratada para cuidar da classe enquanto a professora titular está internada no hospital. Acontece que para azar dos alunos malvados, essa nova professora é uma psicopata, o diabo.

Artista de Koakuma Kyoushi Saiko processa sua Editora

O mangá de Koakuma Kyoushi Saiko ilustrado por Aida Keito começou a sua publicação em 2021, os capítulos saem mensalmente e aparentemente o mangá é um sucesso, tendo lucrado 700 milhões de ienes até Junho deste ano. Ganhou prêmios e ficou em 3º em rankings de vendas.

Agora vem a controvérsia, outra editora, chamada Taskey, começou a publicar a versão deles do mangá de Koakuma Kyoushi Saiko, só que totalmente colorido e num estilo de leitura vertical igual aos manhwas! Abaixo você confere uma comparação entre os dois mangás:

Artista de Koakuma Kyoushi Saiko processa sua Editora em 3 Ienes

Na esquerda a versão feita por Aida Keito e a direita a versão feita pela Taskey, totalmente colorida e com leitura vertical para facilitar para usuários de smartphones. O vídeo abaixo mostra o visual do segundo mangá:

Aida Keito então considerou que os leitores iriam ficar confusos com o fato de ter 2 mangás diferentes de Koakuma Kyoushi Saiko, então ela entrou em contato com a Bunkasha querendo que eles proibissem a Taskey de publicar o mangá.

Porém a Bunkasha disse que a empresa dona dos direitos podia usar a obra como quisesse, e aparentemente isso permitia que eles dessem o OK para que duas versões em mangá da mesma história fossem publicadas.

A Taskey enviou então a Bunkasha os designs e scripts dos capítulos deles para comparação, pois Aida Keito solicitou temendo que o seu mangá fosse ser copiado. Durante a análise eles viram muitas semelhanças entre os dois mangás.

Uma acusação de tracing foi feita e a Taskey corrigiu os problemas, apesar dos casos de tracing terem diminuído, ainda haviam várias cenas iguais e até scripts semelhantes entre os dois mangás. A Taskey se recusou em dar créditos a Aida Keito ou pagar para ela pelas checagens de scripts. Então Aida chegou em seu limite e assim publicou um desabafo em seu blog:

“Eu estou muito preocupada porque a publicação de um mangá não bem-vindo começou, e ele está sendo feito usando o mangá que eu desenho como referência, que é baseado na mesma novel”. 

Após isso a Bunkasha entrou em contato com Aida pedindo que ela retirasse a sua publicação, a ameaçando a cancelar o mangá de Koakuma Kyoushi Saiko que ela faz. Como resultado, ela privou a sua publicação.

A Bunkasha então disse que era necessário que Aida pedisse desculpas a Taskey e ao autor original, Muitas reuniões foram feitas mas o resultado disso foi que a Aida teve que tirar uma pausa forçada do mangá que durou 7 meses, nesse período ela teve que demitir os assistentes que tinha.

Agora Aida está processando a Bunkasha, e ela está pedindo apenas por 3 ienes na justiça, Em relação ao processo, Hiroshi Nakajima, o advogado que representa Aida no Tokyo Flex Law Firm, afirmou:

“Mangá é uma criação na qual os artistas de mangá colocam seu coração e alma. Se um mangá criado com base em uma obra original se tornar um grande sucesso devido ao esforços do artista de mangá, isso significaria que o autor original poderia criar livremente um mangá com o mesmo título usando a mesma obra original, beneficiando-se de uma taxa de royalties favorável.

Isso também significaria que o artista de mangá que criou o mangá anterior podem ser tratados como descartáveis. Se tais ações forem permitidas, todo artista de mangá que trabalha em adaptações de obras originais enfrentaria riscos semelhantes, e isso poderia levar a uma situação em que não seriam criadas mais adaptações de mangá de obras originais.” Ele comentou sobre o pedido de indenização de 3 ienes, afirmando: “Entramos com a ação com o valor mínimo de compensação monetária para confirmar a ilegalidade de tais ações”.

Não é sobre o valor, mas sim tornar esse tipo de prática em algo ilegal. A Bunkasha não quis comentar nada, já a Taskey disse que ficou surpreso com a notícia de que Aida está processando a Bunkasha, já que reuniões entre todos os envolvidos estavam ocorrendo.

Porém eles não iriam comentar já que não sabem dos detalhes do processo já que eles não sabem mais sobre o que se passa. No começo desse post eu mencionei que essa não é a primeira situação deste tipo.

Kusuriya no Hitorigoto

Por mais estranho que pareça, tem outra série de Novels que possui 2 versões de mangá sendo publicadas ao mesmo tempo, e se trata de Kusuriya no Hitorigoto, cada mangá feita por artistas diferentes e ninguém entende como isso acontece.

Enfim, a indústria é maluca.

via Yahoo News

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Hoss

Hoss é o criador da Você Sabia Anime, formado em Design, está estudando japonês, talvez coreano, está treinando desenho em uma mesa e começou a fazer lives no Youtube