Mangá adulto de kemonomimi é Rejeitado por medo de Censura
A censura de mangás imposta por empresas ocidentais está forte, quem nos diz sobre isso agora é o mangaka Juan Gotou, que contou como seu mangá sobre kemonomimi foi rejeitado.
O motivo? A editora considerou que uma garota com orelhas e rabo pudesse se enquadrar na categoria “Bestialidade”, proibida por empresas ocidentais.
Ele contou isso numa série de tweets que chegou a bater as 700.000 visualizações, tento um alcance monstruoso, vamos ver o que ele disse exatamente:
“Falando nisso, para o ero-mangá que estou desenhando atualmente, quando sugeri que uma cena de sex* acontecesse em um santuário com um mensageiro de deus que tinha orelhas de raposa e rabo, me disseram: “Já que esa é uma revista digital, temos medo de quebrar a regra sobre ‘sem bestialidade’, e dessa forma adicionar as orelhas e o rabo foi rejeitado. Como as revistas eletrônicas seguem os padrões ocidentais, às vezes coisas como essa podem acontecer.”
“Mesmo quando eu disse que elas eram um ‘neko’ e não um ‘peludo’, o editor não foi capaz de dizer imediatamente…”
“Hmm, sobre o tema de kemomimi e rabos, basicamente a editora terceirizará a revista eletrônica para uma empresa que trabalha na indústria de publicação online e, portanto, o editor não poderá determinar imediatamente se está tudo bem ou não. Normalmente você pensaria que eles estão pensando demais nisso, mas assim que houver um relatório da editora online dizendo que “isso é ruim”, é fácil tirar o mangá do ar.”
“Para publicações em papel, as únicas partes envolvidas são a editora e distribuidores como Nippan ou Tohan. Para revistas eletrônicas, muitas empresas como Fanza ou Kindle estão envolvidas nos negócios, você vê. Falando nisso, meus tankobons ero-mangá, que apresentam muitos onee-shota e incesto, foram praticamente todos removidos do Kindle.”
“Eles foram registrados lá uma vez, mas num dia de repente o removeram das prateleiras. É muito difícil. Assim que alguém levanta a voz, dizendo: “Não acredito que você está distribuindo algo tão nojento quanto isso”, acabou.”
“Como devo colocar isso… para as editoras, pelo menos no Japão do pós-guerra, elas têm o dever, ou pelo menos a pretensão, de que a liberdade de expressão deve ser protegida. Mas para as editoras on-line, não existe esse entendimento. “Se houver reclamações, nós os derrubaremos. Nós não nos importamos.”
Já falei anteriormente sobre algumas Tags que empresas processadoras de cartão de crédito botaram em sua lista negra, e assim muitos sites japoneses que vendiam conteúdo desse tipo acabaram tendo que esconder de alguma forma.
Também é triste ver ele mencionando como as editoras reagem se um título acaba sendo criticado online, tirando ele do ar imediatamente.
Enfim, esse é o estado em que as coisas estão avançando.
via: Sankaku
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