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Diretora de One Piece condena ChatGPT por copiar o estilo Ghibli

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Diretora de One Piece condena ChatGPT por copiar o estilo Ghibli

A polêmica envolvendo inteligência artificial no mundo das artes ganhou mais um capítulo: A diretora de One Piece, Megumi Ishitani está desejando que uma ação legal seja tomada contra o ChatGPT por copiar o estilo Ghibli por meio da IA.

Diretora de One Piece condena ChatGPT por copiar o estilo Ghibli

Megumi Ishitani não é apenas mais um nome na indústria. Formada pela Universidade de Artes de Tóquio, ela dirigiu episódios marcantes de One Piece, como o elogiado episódio 1015, considerado um dos melhores de toda a série. Sua experiência e respeito no setor tornam suas palavras ainda mais impactantes.

Foi nas redes sociais que ela expressou sua indignação. Usando sua conta no Twitter, a diretora publicou mensagens contundentes:

Em japonês, ela questionou:

“O Ghibli oficial jamais daria essa permissão, certo!? Isso não foi autorizado, foi!?”

Diretora de One Piece condena ChatGPT por copiar estilo Ghibli

A ausência de consentimento levanta questões sérias sobre direitos autorais, apropriação estética e a responsabilidade das empresas que desenvolvem essas tecnologias.

Em outro tweet ela disse:

“Quero que medidas legais sejam tomadas… Não suporto ver o Ghibli tratado de forma tão barata.”

Diretora de One Piece condena ChatGPT por copiar estilo Ghibli

Essas declarações rapidamente viralizaram, acendendo um alerta na comunidade criativa sobre os limites éticos do uso da inteligência artificial na arte.

Entenda o caso: o que o ChatGPT fez?

Tudo começou quando a OpenAI adicionou à plataforma ChatGPT uma nova ferramenta de geração de imagens por IA. Com ela, usuários podem solicitar criações inspiradas em estilos consagrados — entre eles, o do Studio Ghibli.

Yosuga no Sora no estilo Ghibli

O problema? As imagens geradas ficaram incrivelmente parecidas com produções reais do estúdio japonês, causando desconforto entre alguns artistas e fãs. O fato de o Studio Ghibli não ter autorizado o uso de seu estilo visual é o ponto central da crítica de Ishitani.

Ghibli permanece em silêncio – por enquanto

O estúdio ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, o que tem gerado diversas especulações (A GKIDS falou brevemente sobre). Há quem acredite que eles estejam preparando uma resposta legal, enquanto outros acham que preferem aguardar a repercussão para decidir o próximo passo mas a real mesmo é que ninguém sabe.

Mas a opinião de um de seus fundadores já é conhecida: Hayao Miyazaki, criador de clássicos como A Viagem de Chihiro, já declarou em um documentário de 2016 que considera animações feitas por IA como “um insulto à própria vida”.

Essa frase voltou a circular nas redes, reforçando a percepção de que o estúdio vê a inteligência artificial com desconfiança — especialmente quando usada para simular sua identidade artística.