Criador de Saga diz que Gameplay é mais Importante que História num Game

A franquia SaGa, da Square Enix, sempre foi conhecida por se afastar das convenções tradicionais dos RPGs. Em uma nova entrevista ao site Denfaminicogamer, Akitoshi Kawazu, criador da série, compartilhou sua visão sobre o que realmente torna um jogo memorável. Segundo ele, o sistema Glimmering de SaGa é mais impactante para o jogador do que qualquer enredo elaborado.
Criador de Saga diz que Gameplay é mais Importante que História num Game
O que é o sistema Glimmering?
Também conhecido como “tech sparking”, o sistema Glimmering é uma das mecânicas mais marcantes dos jogos da série SaGa. Em vez de seguir um modelo de progressão de personagem linear, os jogos permitem que os personagens aprendam novas habilidades durante o próprio combate.
A partir de parâmetros como o nível do inimigo, o tipo de arma, magia usada e até a sorte, o jogador pode desencadear um momento de inspiração — fazendo com que o personagem aprenda uma técnica inédita ali mesmo, em batalha.

Esse momento de descoberta inesperada traz uma onda de emoção para quem joga. De acordo com Kawazu, é essa sensação de vitória e superação que cria o verdadeiro clímax nos jogos.
Como o sistema Glimmering de SaGa cria experiências únicas
Kawazu afirma que, para ele, o auge de um jogo não está em sua narrativa, mas sim no momento em que o jogador vence uma batalha difícil. A tensão de quase perder para o chefe final e o alívio ao triunfar são sentimentos que, segundo ele, são muito mais poderosos do que a progressão de uma história.
“O sistema Glimmering é adorado porque ele se associa diretamente à sensação de vitória”, explica Kawazu. “Quando uma nova técnica aparece no meio de um combate e salva o jogador, esse momento fica gravado.”

Apesar de envolver elementos aleatórios, o sistema é desenhado para não frustrar. A ideia é incentivar o jogador a testar equipamentos, preparar buffs antes do combate e experimentar diferentes estratégias. O processo de tentativa e erro faz parte da diversão, e cada pequena conquista impulsiona o jogador a continuar.
A história como plano de fundo
Outro ponto interessante da entrevista é a forma como Kawazu encara a narrativa. Ele comenta que, mesmo quando o elogiam pelo enredo dos jogos, ele não considera isso tão relevante quanto a experiência individual. “Se for só pela história, poderia ser um livro ou um filme”, afirma. “O que torna os jogos únicos é oferecer vivências que pertencem somente àquele jogador.”
Kawazu lembra de um momento marcante em Romancing SaGa 3, quando conseguiu derrotar o chefe final graças a uma técnica aprendida por Paul chamada Golden Dragon. “Naquele instante eu pensei: esse jogo é incrível!”, relembra.
Para ele, são essas pequenas vitórias pessoais e imprevisíveis que fazem um jogo verdadeiramente memorável. E é aí que o sistema Glimmering de SaGa brilha mais do que qualquer narrativa bem escrita.
via Automaton
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